
Wilson assinala que o
comportamento altruístico é frequentemente dirigido em benefício de parentes
próximos. É no entanto bastante conhecido, nas estatísticas e crônicas
policiais, que uma alta proporção de crimes ocorre dentro da unidade familiar.
O fratricídio, como já notamos, constitui um percalço da vida em
família. Do mesmo modo, são as
guerras civis geralmente mais ferozes do que as guerras externas. Como podem
tais fatos históricos evidentes se encaixar na teoria sociobiológica? Será que
o sentido de "dever" e de "direito" que obriga um negro a
ajudar um branco, ou vice-versa, com risco da própria vida, ou o sentimento
altruístico de companheirismo entre soldados de uma mesma tropa - um sentimento
que admitimos esteja acima do instinto individual egoísta de autoconservação -
poderá jamais ser explicado pelas regras epigenéticas observáveis em processos
sociobiológicos? (Penna)
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