9 de jun. de 2010

Questão 19:

Em relação à famigerada mariposa da Inglaterra, indaga Penna ("Polemos", p. 150, 151): “uma dúvida nos assalta. Darwin falara em milhões de anos para explicar a ação de mutações aleatórias que, pouco a pouco, no correr das gerações, favorecem as formas mais bem amoldadas... Mas o problema é que a modificação do melanismo industrial apontado aconteceu em menos de cinqüenta anos? Como explicar então que, entre milhões de possíveis mutações genéticas, surgidas sob efeito do acaso e suscetíveis de haver afetado a cor da mariposa, tenha lotericamente triunfado precisamente aquela que determinou o aparecimento das asas pretas? Coincidência demasiadamente feliz? Coincidência verdadeiramente milagrosa? A fada protetora das mariposas tocou a sua varinha de condão e... eis que, coincidindo exatamente com a Revolução Industrial em Manchester e em Liverpool, no vale do Ruhr, na Bélgiva, em Pittsburgh e em Detroit, as asas das mariposas se enegreceram. Por que não houve mutações vermelha, azul, amarela, alaranjada, verde, cor-de-rosa? Por que não mutações nas pernas, nas antenas, nos olhos? Por que não mutações no comportamento? Onde estão os milhões de anos do gradualismo dogmaticamente proposto por Darwin? Não parece um pouco forte nos obrigarem a aceitar de mão beijada a explicação?” (Penna, p.p. 150, 151).


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